Com o avanço das agendas voltadas para a diversidade, felizmente, muitas mulheres trans ganharam destaque na mídia.
É o caso de Rogéria e Roberta Close, no Brasil, e da norte-americana Laverne Cox, primeira mulher transexual a ser indicada ao Primetime Emmy Awards. Seu papel na série “Orange is The New Black” fez com que ela fosse a primeira mulher trans a estar na capa das revistas “Time” e “Cosmopolitan”.
Ainda assim, algumas mulheres têm problemas relacionados à aparência ou sofrem do que chamamos de disforia de gênero. Por essas e outras razões, essas pessoas recorrem a cirurgias de afirmação de gênero e à feminização facial.
Procuradas por mulheres trans que desejam uma feminização facial, ou seja, buscam um profissional que permita afinar os traços do rosto, essas intervenções permitem suavizar o contorno da testa (condrolaringoplastia) e têmporas, enfatizar os olhos para que as sobrancelhas fiquem mais arqueadas, mudar o contorno do nariz (rinoplastia) e projetar as maçãs do rosto e os lábios (lifting labial).
“Pouca gente sabe, mas, com essa cirurgia, conseguimos até reduzir o pomo de Adão, que é uma forte característica masculina”, explica o cirurgião internacional Umberto Tozzi.
“Em alguns casos, precisamos dividir o procedimento em algumas etapas. Há mulheres que fazem uma ou duas cirurgias, enquanto outras passam pelo tratamento em até cinco partes. Por isso, é importante uma pré-avaliação minuciosa e, claro, recomendo que o paciente continue o tratamento com acompanhamento de um médico especializado”, declara o especialista.
Vale lembrar que, embora a cirurgia seja direcionada para a face, existem procedimentos que atingem outras partes do corpo.
Por este motivo, existe a necessidade de ser assistido por outros profissionais que não o cirurgião plástico.
“Também trabalhamos com o endocrinologista para resolver a questão hormonal e os foniatras, porque o procedimento depende do tratamento da voz, principalmente no caso da cirurgia com foco no pomo de Adão, que é uma saliência do osso hioide”, continua, sobre o órgão localizado próximo à laringe, que é um dos envolvidos no processo de fala.
“Normalmente, as mulheres ficam muito satisfeitas com os resultados, trazem segurança e elevam a autoestima das pacientes. É gratificante vê-las agradecendo pelo trabalho que fazemos, sempre comprometido com a saúde e segurança dessas mulheres”, finaliza o cirurgião.
